sábado, 23 de agosto de 2008

Chrono Trigger (SNES)



Alguns jogos são muito especiais e marcam época. Guardamos boas recordações e soltamos suspiros saudosos quando nos lembramos deles. E Chrono Trigger é, com certeza absoluta, um desses jogos.

A história é muito boa. Crono é um garoto humilde, habilidoso com a espada. Sua amiga, Lucca, é uma promissora inventora. Na feira da vila de Truce, Lucca vai mostrar seu invento mais recente, um teleportador. Uma garota que tromba com Crono, chamada Marle, acaba causando uma pane no aparelho com um amuleto que usa, e acaba indo para o passado. Crono e Lucca partem para o resgate e acabam descobrindo que a garota é a princesa Nadia, em identidade secreta. E nessa brincadeira, viajam para o futuro, descobrindo que o planeta será arrasado, por conta de uma criatura chamada Lavos, que veio do espaço há 65 bilhões de anos e despertou. Em viagens pelo tempo, Crono, Lucca e Marle resolvem lutar para salvar o futuro. E contam com a ajuda de Frog (Glenn), um escudeiro de um grande cavaleiro do passado que virou sapo, Ayla, uma ágil garota da pré-história, Robo, que como diz o nome, é um robô do futuro, sobrevivente da destruição que Lavos causa, e o misterioso Magus, que existe em várias épocas diferentes.

Chrono Trigger é um RPG, com uma pitada leve de ação. Até antes dele, os RPGs tinham aquele sistema chato de batalha, onde você andava e de repente, do nada, acontecia uma luta aletatória. Em Chrono Trigger as lutas são “opcionais”. Você vê o inimigo na tela, e se conseguir desviar ou correr dele, pode evitar um confronto. Desse modo, você só luta se realmente quiser, com exceção dos chefes de fase.

Cada personagem tem um sistema de habilidades predefinidas. Eles têm também um tipo de habilidade física e um tipo de habilidade mágica específica. Marle, por exemplo, tem magias de cura e gelo, e ataca com arco e flecha. Frog usa a espada e pode utilizar magias de água também. E em grupos de três, são muitas as combinações de ataque, em combos de dupla ou trio, entre os sete personagens.

A trilha sonora merece um destaque especial. Yasunori Mitsuda, o autor delas, consegue passar a sensação exata de cada momento do jogo, de cada tema de personagem, de cidade, de batalha... e olha que não estamos falando de músicas orquestradas. Falamos de músicas reproduzidas pelo Super Nintendo. Seria covardia citar uma ou duas músicas apenas, porque todas são boas.

Chrono Trigger, pra “piorar”, tem diversos finais, e o modo de jogo New Game+. Primeiro, pensem só: um jogo que envolve viagem no tempo possibilitaria mais finais, certo? “O que aconteceria se eu matasse esse vilão no passado? E se ao invés de ajudar o fulano, eu fosse direto para o último chefe?”. A equipe do jogo pensou nisso, e colocou muitas alternativas de final, garantindo um replay incansável. “Incansável” porque aí entra o New Game+. Você pode recomeçar o jogo com todos os dados de um jogo previamente terminado, incluindo níveis, itens e técnicas especiais (Tech). Então, a cada vez que terminar o jogo para fazer um final diferente, seus personagens estarão mais fortes do que antes.

Realmente, é o tipo de jogo para se ter, terminar todas as vezes possíveis e guardar na memória, torcendo para que nunca façam um remake dele, que poderia estragá-lo caso tenham a idéia “genial” de “melhorar” algumas coisas, como sistema de combate, magias e o lendário primeiro protagonista silencioso da histórias dos jogos - Crono não fala uma única palavra o jogo inteiro, sendo suas falas todas subentendidas pelas reações dos outros personagens.

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