Passando em cima da média
A produtora Nippon Ichi já virou sinônimo de jogos de estratégia profundos, elaborados e com um senso de humor único. Disgaea 3 é uma volta às origens, com personagens imaturos, piadas absurdas e, é claro, muitas opções para você gastar centenas de horas explorando as fossas infernais da Evil Academy.

Jogadores encarnam Mao, filho do diretor e Lorde do Inferno. Obcecado em matar o pai, ele quer tentar entender o que faz um herói - amor e justiça - para obter os poderes necessários para cometer esse patricídio. É claro que suas razões são mesquinhas e egoístas: estamos falando do Aluno de Honra Número 1 da Evil Academy, a escola mais perversa do universo. Esse ambiente escolar serve de tema para toda a aventura, e como acontece em Persona 3, a Nippon Ichi criou uma série de metáforas que servem como ações de jogo.

Disgaea 3 segue os mesmos passos de Final Fantasy Tactics, Front Mission e tantos outros: você controla uma série de guerreiros em um grid e dá ordens para eles em turnos, tentando derrotar seus oponentes. Cada soldado tem suas características próprias e ganha níveis de acordo com seu desempenho na batalha. Você passa tanto tempo nas fases que desenrolam a trama quanto fazendo tarefas opcionais - sejam batalhas para ganhar níveis e turbinar itens, mas também personalizar suas tropas comprando e equipando acessórios, assim como criando elos entre companheiros e aprendendo novas habilidades.

Velhos elementos da série como ataques conjuntos, manipulação de campos coloridos de efeito se o Item World estão de volta, mas agora são somados a alguns truques inéditos, como GeoBlocks (que ajudam a manipular os campos coloridos), um ambiente social escolar em que você precisa usar de popularidade e subornos para ganhar variados bônus, monstros que viram armas durante combate e muito mais. O game traz um longo (e hilariante) tutorial que se desenrola entre as fases das primeiras horas de jogo, ajudando mesmo os iniciantes a compreender todas essas nuances. Disgaea 3 traz uma curva de aprendizado que é muito mais bondosa no início do que seus antecessores - mas o enorme desafio continua enterrado e ainda é extremamente recompensador gastar centenas de horas para atingir o altíssimo limite de nível dos personagens (nada menos do que 9999) e ver o estrago que você faz com seus demônios com poderes divinos.

O ambiente escolar é sem dúvida o tema que cobre toda a aventura, e as possibilidades não são poucas. Mana, adquirido ao derrotar inimigos individualmente por cada personagem, pode ser usado para comprar habilidades, criar novos guerreiros e requisitar "reuniões de classe", que permitem comprar certos extras se você ganhar na votação da sua turma. Além disso, a posição dos personagens nas carteiras também define como eles interagem, inclusive sua amizade, que por sua vez afeta a chance de ataques conjuntos. Finalmente, os clubes permitem um elo ainda mais forte entre esses protagonistas, permitindo ataques exclusivos e contribuindo com habilidades igualmente exclusivas. Qualquer um pode perder mais horas brincando com todas essas opções e nem sequer entrar em uma batalha convencional (isso sem entrar em detalhes sobre o Item World, um calabouço individual de cada item que você carrega, em que cada andar derrotado aumenta o poder desse objeto).

A apresentação de Disgaea 3 será provavelmente o elemento mais importante tanto para aqueles que vão amar quanto aos que vão odiar o game. Depois de uma apresentação em vídeo da mais alta definição, você basicamente será tratado com gráficos de qualidade de PlayStation One (com exceção das caixas de diálogo e menu em alta definição, como se isso importasse muito). A dublagem é absurdamente exagerada, com todos os personagens usando vocês esganiçadas e forçadas - o que pelo menos é consistente com os diálogos, que são um misto de humor geek com referências fartas de cultura pop e metalinguagem. O que o jogo tem de sobra em conteúdo de jogabilidade falta na produção, e isso pode ser extremamente decepcionante para donos de um console com o poder do PlayStation 3.

Fãs de carteirinha da Nippon Ichi não vão querer deixar passar Disgaea 3. Esse game não apenas segue todas as virtudes que fizeram a produtora atingir o estrelato no Oriente e Ocidente, mas também oferece um tipo de experiência ainda rara no novo console da Sony. Mas quem espera um produto com valores altos de produção ou um estilo mais popular de diversão vai se decepcionar com o enorme comprometimento exigido para extrair a diversão concentrada dentro de um diamante bruto.
A produtora Nippon Ichi já virou sinônimo de jogos de estratégia profundos, elaborados e com um senso de humor único. Disgaea 3 é uma volta às origens, com personagens imaturos, piadas absurdas e, é claro, muitas opções para você gastar centenas de horas explorando as fossas infernais da Evil Academy.

Jogadores encarnam Mao, filho do diretor e Lorde do Inferno. Obcecado em matar o pai, ele quer tentar entender o que faz um herói - amor e justiça - para obter os poderes necessários para cometer esse patricídio. É claro que suas razões são mesquinhas e egoístas: estamos falando do Aluno de Honra Número 1 da Evil Academy, a escola mais perversa do universo. Esse ambiente escolar serve de tema para toda a aventura, e como acontece em Persona 3, a Nippon Ichi criou uma série de metáforas que servem como ações de jogo.

Disgaea 3 segue os mesmos passos de Final Fantasy Tactics, Front Mission e tantos outros: você controla uma série de guerreiros em um grid e dá ordens para eles em turnos, tentando derrotar seus oponentes. Cada soldado tem suas características próprias e ganha níveis de acordo com seu desempenho na batalha. Você passa tanto tempo nas fases que desenrolam a trama quanto fazendo tarefas opcionais - sejam batalhas para ganhar níveis e turbinar itens, mas também personalizar suas tropas comprando e equipando acessórios, assim como criando elos entre companheiros e aprendendo novas habilidades.

Velhos elementos da série como ataques conjuntos, manipulação de campos coloridos de efeito se o Item World estão de volta, mas agora são somados a alguns truques inéditos, como GeoBlocks (que ajudam a manipular os campos coloridos), um ambiente social escolar em que você precisa usar de popularidade e subornos para ganhar variados bônus, monstros que viram armas durante combate e muito mais. O game traz um longo (e hilariante) tutorial que se desenrola entre as fases das primeiras horas de jogo, ajudando mesmo os iniciantes a compreender todas essas nuances. Disgaea 3 traz uma curva de aprendizado que é muito mais bondosa no início do que seus antecessores - mas o enorme desafio continua enterrado e ainda é extremamente recompensador gastar centenas de horas para atingir o altíssimo limite de nível dos personagens (nada menos do que 9999) e ver o estrago que você faz com seus demônios com poderes divinos.

O ambiente escolar é sem dúvida o tema que cobre toda a aventura, e as possibilidades não são poucas. Mana, adquirido ao derrotar inimigos individualmente por cada personagem, pode ser usado para comprar habilidades, criar novos guerreiros e requisitar "reuniões de classe", que permitem comprar certos extras se você ganhar na votação da sua turma. Além disso, a posição dos personagens nas carteiras também define como eles interagem, inclusive sua amizade, que por sua vez afeta a chance de ataques conjuntos. Finalmente, os clubes permitem um elo ainda mais forte entre esses protagonistas, permitindo ataques exclusivos e contribuindo com habilidades igualmente exclusivas. Qualquer um pode perder mais horas brincando com todas essas opções e nem sequer entrar em uma batalha convencional (isso sem entrar em detalhes sobre o Item World, um calabouço individual de cada item que você carrega, em que cada andar derrotado aumenta o poder desse objeto).

A apresentação de Disgaea 3 será provavelmente o elemento mais importante tanto para aqueles que vão amar quanto aos que vão odiar o game. Depois de uma apresentação em vídeo da mais alta definição, você basicamente será tratado com gráficos de qualidade de PlayStation One (com exceção das caixas de diálogo e menu em alta definição, como se isso importasse muito). A dublagem é absurdamente exagerada, com todos os personagens usando vocês esganiçadas e forçadas - o que pelo menos é consistente com os diálogos, que são um misto de humor geek com referências fartas de cultura pop e metalinguagem. O que o jogo tem de sobra em conteúdo de jogabilidade falta na produção, e isso pode ser extremamente decepcionante para donos de um console com o poder do PlayStation 3.

Fãs de carteirinha da Nippon Ichi não vão querer deixar passar Disgaea 3. Esse game não apenas segue todas as virtudes que fizeram a produtora atingir o estrelato no Oriente e Ocidente, mas também oferece um tipo de experiência ainda rara no novo console da Sony. Mas quem espera um produto com valores altos de produção ou um estilo mais popular de diversão vai se decepcionar com o enorme comprometimento exigido para extrair a diversão concentrada dentro de um diamante bruto.

Nenhum comentário:
Postar um comentário